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TRAGÉDIA ANUNCIADA ! DESPREPARO E DESCASO : O QUE ESTÁ POR TRÁS DA TRAGÉDIA NO RS.

O padrão se repete: uma tragédia ambiental ocorre, e políticos e autoridades visitam a região afetada, declarando estado de calamidade pública e anunciando a liberação de recursos para os estragos.

TRAGÉDIA ANUNCIADA ! DESPREPARO E DESCASO :  O QUE ESTÁ POR TRÁS DA TRAGÉDIA NO RS.
Foto: Reprodução

O padrão se repete: uma tragédia ambiental ocorre, e políticos e autoridades visitam a região afetada, declarando estado de calamidade pública e anunciando a liberação de recursos para os estragos. Foi assim nas enchentes em São Paulo, resultando em 65 mortes no ano passado, e nos deslizamentos de terra na Região Serrana do Rio, com 918 mortes. Agora, no Rio Grande do Sul, o mesmo roteiro se desenrola. No último domingo, uma comitiva liderada pelo presidente Lula, junto com governadores e ministros, prometeu socorro aos gaúchos após o desastre natural.


No entanto, essa resposta tardia não é novidade. Os políticos costumam ignorar alertas e investir em obras com mais apelo eleitoral, deixando a população desprotegida. Em 2022, mais de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas por desastres naturais no Brasil. No caso do Rio Grande do Sul, mais de 1,5 milhão já foram atingidas pelas enchentes.

A falta de investimento em prevenção é evidente. O sistema de contenção das águas do Lago Guaíba em Porto Alegre, por exemplo, não recebe reparos há anos. A gestão reativa prevalece sobre a prevenção, apesar de esta ser mais eficaz e econômica.


A preocupação eleitoral também é um obstáculo. Remover famílias de áreas de risco é impopular, e ações preventivas não geram votos. Os políticos preferem soluções de curto prazo, mesmo que isso signifique lidar com tragédias recorrentes.

Para evitar futuros desastres, é fundamental investir em planos de manejo de águas pluviais e políticas de ocupação do solo. Exemplos como as "cidades-esponjas" na China mostram que medidas de baixo impacto podem reduzir danos significativamente.

O roteiro trágico no Rio Grande do Sul serve de alerta: se as autoridades não agirem preventivamente, a tragédia se repetirá.

Fonte: Veja