O DELATOR DE TIRADENTES, REFUGIADO EM SÃO LUÍS, PASSOU SEUS ÚLTIMOS ANOS NA ILHA.
Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Grutes foi um dos colaboracionistas responsáveis por delatar os inconfidentes mineiros.
Neste domingo, 21 de abril, celebramos um feriado de grande importância para a história brasileira. Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como “Tiradentes”, destacou-se por seu papel central na Inconfidência Mineira. Infelizmente, ele se tornou o único dos conspiradores a ser executado, enquanto os demais receberam o perdão da Coroa Portuguesa.
Originário de uma família modesta em Minas Gerais, nascido em 12 de novembro de 1746, Joaquim José enfrentou a morte precoce dos pais e, desde cedo, trabalhou em diversas profissões, incluindo a de dentista amador, o que lhe valeu o apelido de “Tiradentes”.
Tiradentes também atuou na mineração, mas foi como alferes da cavalaria imperial que encontrou uma certa estabilidade financeira. Mesmo com pouca educação formal, era um fervoroso republicano, influenciado pelos ideais iluministas.
Causas da Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira de 1788 foi impulsionada pelo contato dos brasileiros com os ideais iluministas da Europa, que também inspiraram a independência dos Estados Unidos.
Delação
A delação que comprometeu o movimento veio de Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Grutes, um coronel e proprietário de minas. Ele alertou o governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena, sobre os planos de estabelecer uma república em Vila Rica, o que levou à suspensão da derrama e à prisão dos líderes do movimento.
Como recompensa, Silvério dos Reis exigiu uma grande quantia em ouro, o perdão de suas dívidas fiscais, cargos públicos importantes, uma residência, pensão vitalícia, um título nobiliárquico e uma ordem honorífica, entre outras demandas. Não está claro se todas essas recompensas foram concedidas.
Últimos Anos e Morte
Marcado pela infâmia de traidor, Silvério dos Reis enfrentou tentativas de assassinato e acabou fugindo para Lisboa, retornando ao Brasil somente em 1808. Ele passou seus últimos anos no Maranhão e faleceu em São Luís no dia 17 de fevereiro de 1819, sendo sepultado na Igreja de São João Batista.
Fonte: O Imparcial