ARTUR LIRA ACIONA POLÍCIA LEGISLATIVA CONTRA FELIPE NETO APÓS DECLARAÇÃO EM SESSÃO DA CÂMARA.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mobilizou o Departamento de Polícia Legislativa em resposta a um comentário feito pelo influenciador digital Felipe Neto durante um evento na Câmara.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mobilizou o Departamento de Polícia Legislativa em resposta a um comentário feito pelo influenciador digital Felipe Neto durante um evento na Câmara. Durante uma participação virtual em um simpósio sobre regulação de plataformas digitais na última terça-feira (23), Felipe Neto usou o termo "excrementíssimo" ao se referir a Lira. "É crucial dialogar mais com o público e estimular sua participação, como ocorreu com o Marco Civil da Internet. Importante também é mudar a percepção sobre os projetos de lei, como o PL 2630 [sobre fake news e redes sociais], que infelizmente foi sabotado pelo excrementíssimo Arthur Lira", afirmou o influenciador.
Em resposta, Lira enviou um ofício à Polícia Legislativa, afirmando que as declarações de Felipe Neto poderiam configurar crimes contra a honra, ocorridos dentro das instalações da Câmara. Lira destacou o tom injurioso das expressões utilizadas por Neto.
Respondendo às críticas, Arthur Lira expressou descontentamento na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, acusando Felipe Neto de usar o seminário para autopromoção e disseminar ofensas. "A questão nas redes sociais frequentemente é a falta de civilidade. Confundir liberdade de expressão com o direito de ofender é inaceitável. O sr. Felipe Neto utilizou um espaço público de debates para fins pessoais, o que denota falta de educação", comentou Lira.
Por sua parte, Felipe Neto defendeu-se alegando que seu comentário era uma sátira ao formalismo do termo "excelentíssimo" e não pretendia atacar a honra de ninguém. "Minha abordagem tinha um caráter jocoso e satírico, visando a crítica, não a ofensa", explicou o influenciador, que também mencionou enfrentar tentativas anteriores de silenciamento. Ele citou um trecho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sobre a liberdade de expressão, ressaltando que ela deve ser preservada mesmo em declarações críticas, desde que não incitem ódio ou crime.
Fonte: CNN